Nanoestruturas e Nanoscopi

   SUMÁRIO  

Desvendando materiais nanoestruturados

Coordenado pelo professor Ricardo Meurer Papaléo, o Grupo de Pesquisa em Nanoestruturas e Nanoscopia tem como enfoque o estudo de materiais nanoestruturados e de processos de micronanoestruturação de superfícies, tanto nos seus aspectos fundamentais, quanto aplicados.

Dentre os problemas investigados, há diversas perguntas fundamentais vinculadas às mudanças observadas no comportamento dos materiais quando esses possuem dimensões muito reduzidas. Por exemplo, o grupo tem investigado a estabilidade de nanoestruturas frente à exposição à radiação e a tratamentos térmicos em diversas atmosferas e alterações nos processos de relaxação mecânica de nanoestruturas em superfícies. Paralelamente, vem trabalhando em métodos de micro e nanoestruturação através da aplicação de microfeixes e de métodos de varredura por sonda. Um dos projetos envolve a obtenção de membranas nanoporosas, responsivas, cujos poros respondam a estímulos externos, como condições de pH e temperatura do meio.

Outra linha de destaque atualmente é na área de síntese de sondas nanoestruturadas multifuncionais para imagens moleculares. Os pesquisadores do grupo estão trabalhando com nanopartículas magnéticas, capazes de produzir contraste em imagens médicas (especialmente em exames de ressonância magnética) e que, ao mesmo tempo, possibilitam a introdução de compostos químicos em sua estrutura. Esses compostos podem ser fármacos, carregados em direção a um alvo de interesse, como um tecido tumoral, por exemplo. Diagnóstico, tratamento e avaliação da evolução da terapia seriam possíveis de forma menos invasiva e eficaz graças a essas sondas. Essa pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com o Instituto do Cérebro do RS, para o teste dos efeitos de contraste de imagem, e o Instituto de Toxicologia da PUCRS, para ensaios toxicológicos das nanossondas, utilizando modelos biológicos.

No momento, há parcerias com a UFRGS, a Comissão Nacional de Energia Atômica da Argentina, a Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça) e a Gesellschaft fur Schwerionenforschun (Alemanha).