Autoritarismo Político e Imprensa no Brasil Contemporâneo

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Ditaduras e desenvolvimento aos olhos de intelectuais e imprensa

A soma da Era Vargas (1930-1954) com a Ditadura Civil- Militar (1964-1985) perfaz quase meio século de governança centralizadora e autoritária no Brasil. Embora os dois períodos sejam assinalados por legados relevantes em termos de desenvolvimento econômico-industrial, a percepção de ambos por boa parte da sociedade é vista de formas completamente distintas. Para compreender essas épocas a partir das opiniões de intelectuais contemporâneos e a forma de reação da grande imprensa, o professor Luciano Aronne de Abreu lidera as investigações do Grupo de Pesquisa Autoritarismo Político e Imprensa no Brasil Contemporâneo, ligado ao Programa de Pós- Graduação em História.

Iniciados em 2011, e com projeção de cinco anos de duração, os estudos concentram-se em compreender de que forma os autores Oliveira Viana, Francisco Campos, Azevedo Amaral, Roberto Simonsen, Golbery do Couto e Silva e Meira Mattos sustentavam suas ideias sobre a criação de modelos políticos e econômicos que não se restringissem a copiar os moldes estrangeiros. Viana e Amaral, por exemplo, atribuíram a primazia ao Estado sobre a sociedade brasileira, em nome da sua organização e da manutenção da ordem e da unidade nacional. Já para intelectuais dos anos de 1950 e 1960, a trama da vida política do País teria girado em torno do nacionalismo e do desenvolvimentismo, incluindo a mobilização e a organização das massas.

E como a imprensa vivenciou e refletiu esses períodos, em especial nos editoriais dos jornais de maior circulação? Esse aspecto tem importância idêntica nas averiguações do Grupo. A coleta de dados ocorre de maneira paralela, permitindo o entrelaçamento das informações. A imprensa é, simultaneamente, fonte e objeto de pesquisa.

O propósito maior desse trabalho é contribuir com debates recorrentes ainda hoje nos meios político e intelectual acerca, por exemplo, da concentração de poder no Executivo e de suas relações com o Parlamento. Colaborações acadêmicas provêm de diferentes instituições brasileiras e norte-americanas, como USP, UFSCar, UFMG e Georgetown University.