Arquitetura e Patrimônio

   SUMÁRIO  

Olhar apurado sobre os tombamentos

O Rio Grande do Sul iniciou, em 1964, uma política de preservação do seu patrimônio cultural com a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE). Para detectar quais as motivações dos tombamentos realizados, a professora Maria Beatriz Medeiros Kother deu início ao projeto Atribuição de valores no processo de legitimação da preservação do patrimônio cultural. Essa é a principal atividade em desenvolvimento pelo Grupo de Pesquisa Arquitetura e Patrimônio, liderado pela docente.

A partir da análise dos processos de tombamento e dos livros tombos do IPHAE, no período de 1964 a 2010, os pesquisadores pretendem mapear a construção, a defesa e a preservação do patrimônio cultural gaúcho. A investigação pretende verificar se o processo de apropriação do patrimônio está ancorado em valores capazes de legitimá-lo junto às comunidades nas quais estão inseridos.

Entre os objetivos gerais do trabalho, iniciado no ano de 2010, estão: aprofundar o conhecimento sobre os bens tombados pelo IPHAE, avaliando as diversas motivações que resultaram em tombamentos; avaliar como ocorriam os tombamentos, se compulsórios ou não; analisar se a inscrição ocorria diretamente no livro tombo ou se era precedida da abertura de processo administrativo; ampliar o estudo da história da arquitetura no RS, especialmente em relação à construção da preservação do seu patrimônio cultural.

Os procedimentos metodológicos incluem revisão bibliográfica, a fim de conhecer o universo composto pelos bens tombados; pesquisa documental, para identificar e selecionar os exemplares arquitetônicos; e análise documental, interpretando e sistematizando os dados encontrados. Como resultado específico, o grupo espera analisar as justificativas e procedimentos utilizados na preservação do patrimônio cultural.