As pesquisas atuais do Núcleo de Tecnologia em Energia Solar Fotovoltaica (NT-Solar) apontam para um rumo mais complexo, visando à excelência. Após alcançarem o sucesso nas fases de projeto, produção, caracterização e implantação – em escala reduzida – de módulos fotovoltaicos, os físicos Adriano Moehlecke e Izete Zanesco, acompanhados por técnicos e bolsistas, vivem o desafio de concretizar estudos capazes de ampliar a eficiência dos produtos desenvolvidos.
Com o suporte da agência de fomento Finep, os trabalhos com células solares em silício tipo n, que sofrem menor degradação com a radiação solar, produziram os primeiros resultados, alcançando-se a eficiência de 16%. Além de fabricar células e módulos fotovoltaicos, foram realizadas análises de viabilidade econômica para a industrialização. Técnicas avançadas estão sendo estudadas para aumentar essa eficiência.
A partir dos resultados da planta piloto, são pesquisados processos de fabricação de células solares industriais mais acessíveis economicamente ao mercado. Os estudos têm o apoio da estatal Eletrosul. Outra atividade nesse mesmo sentido, patrocinada pelo Grupo CEEE, está direcionada ao desenvolvimento de células solares mais finas, com lâminas de 0,14 mm de espessura. Também há estudos para o aumento na eficiência das células solares (com emissores menos dopados) e o desenvolvimento de células com contatos em pontos.
As teses e dissertações orientadas pelos pesquisadores-líderes incluem o desenvolvimento de células bifaciais (que convertem a radiação solar incidente nas duas faces), além de técnicas de melhoria da qualidade das lâminas de silício durante o processamento da célula solar.
Entre os anos de 2010 e 2011, houve a implantação completa de um sistema fotovoltaico no Museu de Ciências e Tecnologia da Universidade, conectando- o à rede elétrica para uma demonstração pública e permanente da tecnologia. A concessão de patentes das técnicas e o licenciamento para exploração comercial podem ser as próximas conquistas.
O NT-Solar mantém cooperações acadêmicas com o MIT (EUA) e a Universidad del Pais Vasco (Espanha), além de colaborar tecnicamente com órgãos governamentais do Brasil.