A PUCRS, por meio do Grupo de Pesquisa em Ensino de Física (GPEF), foi uma das universidades integrantes do projeto Traces – Atividades de Ensino pela Pesquisa: Diversidade Cultural e Educação em Ciências, cujo principal objetivo foi investigar os fatores que contribuem para o distanciamento entre a pesquisa e a prática docente na Educação Básica. Financiada pela União Europeia (programa FP7), o Traces reuniu investigadores da América Latina, da Europa e do Oriente Médio.
Na primeira etapa, foram realizadas pesquisas documentais sobre as políticas públicas nacionais (projetos, reformas e diretrizes institucionais), além de um levantamento quali-quantitativo das visões dos diferentes atores da educação em ciências (professores, pesquisadores, diretores, gestores, etc.).
A segunda etapa envolveu ações de campo nas escolas, que tiveram como objetivo central desenvolver aulas baseadas em pesquisa no ensino de ciências. No Brasil, a amostragem concentrou-se em 15 escolas públicas de três municípios do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Guaíba e Lajeado).
Finalmente, foram integradas as diretrizes emanadas de cada país, propondo melhores práticas na educação científica. Essas diretrizes foram apresentadas e discutidas em Nápoles (Itália), em abril de 2012. As conclusões brasileiras apontam para tópicos como a inclusão dos professores nas pesquisas de forma ativa e colaborativa; o diálogo maior entre escolas, universidades e governo; e o envolvimento da família nos estudos.
Além da PUCRS, cuja coordenação esteve a cargo do professor João Batista Siqueira Harres (líder do GPEF), a iniciativa incluiu as seguintes universidades: Autônoma de Barcelona (Espanha), Pedagógica Nacional (Colômbia), Hebraica de Jerusalém (Israel), Nacional de Salta (Argentina) e de Nápoles (Itália), esta com a coordenação geral do projeto. O Centro Universitário UNIVATES também foi parceiro brasileiro no projeto.