O Grupo de Pesquisa Imigração, Cidades e Narrativa de Estrangeiros sobre o Brasil (1864 –1964) tem como proposta ser uma referência em informação documental sobre o olhar de mulheres e homens italianos a respeito do Brasil nos séculos 19 e 20. Para manter esse status, a equipe liderada pela professora Nuncia Constantino realiza entrevistas, traduz livros e investiga biografias para compreender melhor as características e os costumes do próprio País na percepção dos europeus, imigrantes ou não.
Os relatos em livros de pelo menos 60 viajantes italianos que estiveram no Brasil entre 1861 a 1910 fazem parte de um dos principais projetos deste grupo vinculado ao Programa de Pós- Graduação em História. A partir de pesquisas realizadas nas principais bibliotecas da Itália, a historiadora Nuncia teve acesso a volumes produzidos por D’Elia, Buccelli, Serra, Buscaglione e Giglioli, entre outros autores, que permaneceram em terras brasileiras na condição de médicos, cientistas, mercadores, missionários, ou mesmo de turistas. Parcialmente traduzidas, as obras trazem impressões acerca de questões sanitárias, comportamentais e culturais da nação sul-americana.
Para conhecer mais sobre as mulheres italianas imigrantes, a técnica da entrevista oral é a preferida, e as gravações de mais de 20 anos de trabalhos estão disponíveis no Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultura –, sediado na Biblioteca Central da PUCRS. Para 2013, a previsão é tornar os arquivos acessíveis em um site do próprio grupo.
Atualmente a autobiografia da artista, escritora e ativista social Lydia Moschetti é alvo de investigações. Ela envolveu-se na criação de diversas obras sociais e culturais, como o Hospital Banco de Olhos e a Academia Literária Feminina do RS. Sua trajetória é estudada em parceria com a Associação Internacional Areia, da Universidade de Gênova (Itália).
O grupo, formado por mais de 40 membros, da iniciação científica à docência, mantém uma rede de colaboração internacional, incluindo também as universidades de Nantes (France), Groningen (Holanda) e Urbino (Itália).