Em 2013, a PUCRS registrará uma nova e importante contribuição da Academia à saúde no Brasil. Como resultado dos trabalhos do Grupo de Pesquisa em Imunologia e Imunodiagnóstico, e o reconhecimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, haverá a transferência de tecnologia para a indústria de sistemas de diagnóstico in vitro, totalmente elaborados no País. Os primeiros “kits” servirão para diagnosticar HIV e hepatites B e C para triagem em bancos de sangue.
A representatividade da iniciativa é esclarecida pelo dado da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL): atualmente 70% dos reagentes utilizados por laboratórios locais são importados. Em breve, haverá alternativas nacionais com alta precisão.
As atividades do grupo estão vinculadas ao Laboratório de Imunodiagnóstico, sediado na Faculdade de Farmácia da Universidade. Lá, são desempenhadas as etapas de pesquisa, desenvolvimento e validação de sistemas imunodiagnósticos com aplicação em doenças infecciosas, autoimunes, análises toxicológicas e, futuramente, veterinárias. Os sistemas de diagnóstico in vitro pesquisados são estruturados com modelagem clássica ou inovadora, com diferentes tipos de moléculas marcadoras e sistemas de detecção. De acordo com a líder do grupo de pesquisa, professora Ana Ligia Bender, é de interesse da equipe avaliar o desempenho diagnóstico, prognóstico e de monitoramento à resposta terapêutica por meio de diferentes biomarcadores.
O laboratório, inaugurado em 2010, é coordenado pela professora Virgínia Minghelli Schmitt. A concretização do espaço tornou-se possível a partir de uma interação universidade–governo– empresa, no formato hélice tríplice, unindo a PUCRS, a agência de fomento Finep e a empresa FK-Biotecnologia, com o desenvolvimento de tecnologias. Para as investigações, é mantida parceria com o Hospital São Lucas, da Universidade.
Além da elaboração de novos sistemas de diagnóstico in vitro, o grupo tem como foco a formação de profissionais especializados, integrando alunos de graduação e de pós-graduação.