Descrição
As múltiplas expressões do fenômeno religioso concorrem, cada uma à sua maneira, para uma melhor manifestação da plenitude imensurável e inesgotável do mistério divino. Nenhuma das manifestações históricas de Deus pode ser considerada como absoluta, na medida em que todas elas são constitutivamente contextualizadas e, por isso, limitadas. O paradoxo da presença do eterno e universal em um contexto histórico e particular convida o intellectus fidei a refletir seriamente sobre o status não absoluto do próprio cristianismo enquanto religião não exclusiva de todas as outras, pois a economia da revelação cristã, naturalmente imersa na imanência histórica, não é capaz de esgotar em si a totalidade das propriedades salutares incluídas nas outras tradições religiosas do mundo. Deus, em Jesus, assume e compartilha uma forma simples, que por si só é a Boa Nova.