O etnocentrismo cultural, religioso e acadêmico português, o avanço das tecnologias e o fenômeno da urbanização e da industrialização não garantiram o desaparecimento da prática educacional dos ritos de iniciação masculinos e femininos nas culturas ancestrais moçambicanas. Essa prática não só sobrevive como também se tornará mais significativa. Os ritos de iniciação, com suas provas, suas incisões e seus jejuns, subsistem nas diversas sociedades moçambicanas. Eles continuam a ser observados como costumes, tradições e elementos do patrimônio cultural moçambicano. Embora “civilizados”, industrializados, urbanizados, cristianizados, islamizados, escolarizados, os meninos e as meninas vão à “escola“ de ritos de iniciação com o objetivo de serem “iniciados nas tradições” ancestrais, pois isso é visto como um processo de educação das novas gerações. A educação dada nos ritos de iniciação constitui um dever sagrado e diz respeito à geração adulta, visando integrar os meninos e meninas no seu meio social e cultural e fazendo com que eles sejam participantes ativos no desenvolvimento da sociedade a que pertencem.
Das “Escolas” de Ritos de Iniciação de Passagem dos Meninos e das Meninas em Moçambique às Escolas Oficiais: os possíveis pontos de convergências e divergências
2024 ANO
1 EDIÇÃO
328 PÁGINAS
Impresso: R$ 79,90 livro.VC
José Armando Vicente
Informação adicional
Ano | 2024 |
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Autor(es)/Organizador(es) | José Armando Vicente |
Páginas | 328 |
ISBN Impresso | 978-65-5623-464-9 |
Formato Impresso | 14×21 |
ISBN Digital | 978-65-5623-465-6 |
Formato Digital | EPUB |
Distribuição | Comercial |
DOI | 10.15448/1690 |