Itiner�rios de leitura para as s�ries iniciais � base de conhecimentos
Folha de rosto 1 Mapa 2 Entrada 3 Trilha 4 Atalhos para a sa�da 5 Base de conhecimentos

4 Atalhos para a sa�da

Ao montar cada unidade de trabalho com a literatura, escolhendo as cinco etapas do m�todo, ap�s a determina��o do tema e da obra a ser lida, voc� notar� que as atividades relativas �s tr�s primeiras etapas, do Est�mulo l�dico, da Leitura e da Reflex�o sobre a leitura, s�o elaboradas a partir da a��o do professor. Por isso, iniciam pela express�o �o professor...�. J� as duas �ltimas, da Atividade criativa e do Desfecho l�dico, ao enfatizarem o momento de apropria��o do texto pelo leitor, representam a concretiza��o de sua a��o leitora, ou seja, a sua intera��o pr�pria e particular com a obra lida, denotando seu caminho rumo � autonomia. Desse modo, em tais atividades a voz do professor � substitu�da pela voz do aluno, conduzida, pois, pela express�o inicial �o aluno...�

Tratando-se do planejamento de unidade de trabalho a ser colocada em pr�tica em sala de aula, n�o podemos deixar de levar em conta a flexibilidade desse planejamento. Oferecemos um leque de op��es de atividades, seguindo o m�todo criado e testado com efici�ncia. Contudo, nada impede que voc� adapte tais atividades de acordo com o seu contexto, com a realidade dos seus alunos e da sua escola. Se disp�e de um laborat�rio de inform�tica, ajuste as tarefas eleitas para serem realizadas com o aux�lio das novas tecnologias, atraindo ainda mais o leitor de hoje, inserido na esfera digital. Da mesma maneira, pode determinar, quando poss�vel, se as atividades escolhidas ser�o realizadas individualmente, em duplas, em trios ou em grupos, mesmo que n�o tenhamos oferecido todas essas possibilidades. Os materiais utilizados tamb�m podem variar. Se falamos massa de modelar, pode substituir por argila ou algo similar, desde que mantenha o objetivo da modelagem. Em muitas atividades, indicamos a utiliza��o de materiais diversos, que incluem sucata, retalhos de tecidos, novelos de l�, bot�es, recortes de revistas e jornais, pap�is coloridos e qualquer outro material dispon�vel na sua escola.

Da mesma forma, quando indicamos o armazenamento do texto criado ou de algum objeto em uma caixa, essa pode ser substitu�da por um ba�, por um cesto ou por outro artefato que satisfa�a o dep�sito desejado. Quando registramos, no Desfecho l�dico, a possibilidade de os alunos voltarem a ter contato com os textos criados e guardados no passado, tal atividade pode partir desde a abertura de um ba�, caixa, cesto, arm�rio ou objeto similar, at� o desenterramento de tal caixa, ba� ou objeto similar do p�tio da escola, quando tal alternativa for vi�vel em sua realidade. O tempo determinado entre o dep�sito e a abertura do material tamb�m pode variar. Sugerimos a abertura ao final do ano letivo, mas nada impede que voc� diminua ou estenda esse prazo, desde que respeitando um tempo m�nimo para que o aluno possa se distanciar e, assim, surpreender-se com os seus pr�prios escritos.

Se indicamos a procura de livros em estantes, nada impede que tal procura seja realizada em um ba�, cesto, caixa, arm�rio, etc. Processo similar ocorre quando sugerimos apresenta��es em um palco montado previamente pelo professor. Caso a sua escola ofere�a um espa�o apropriado para tanto, como um audit�rio, procure usufru�-lo. Caso contr�rio, voc� pode simplesmente demarcar com fita adesiva, giz, corda ou outro material o local na sala de aula que far� as vezes de palco. Est�dios de r�dio e televis�o, bem como demais cen�rios que indicamos, tamb�m devem ser elaborados a partir dos recursos dispon�veis. Um canto da sala de aula equipado com mesa, cadeira e gravador j� � suficiente para gravar as locu��es radiof�nicas dos alunos, por exemplo. Caso voc� disponha de recursos de inform�tica, as grava��es podem ser feitas por meio digital. Mas se a escola n�o puder oferecer nem mesmo um gravador, n�o deixe de realizar as apresenta��es, simulando ficcionalmente n�o apenas o cen�rio como tamb�m a grava��o. Para montagem dos cen�rios em sala de aula, voc� pode convocar os alunos, pedindo ideias e sugest�es. Eles podem confeccionar cartazes, caracterizando o contexto a ser representado, al�m de reordenar e decorar m�veis e objetos.

Nem no momento da leitura as atividades sugeridas devem ser seguidas � risca. Tudo vai depender dos recursos dispon�veis. Quando falamos em leitura individual e silenciosa, ela s� deve ocorrer caso voc� disponha de exemplares suficientes para atender a toda a turma. Se a leitura for de apenas uma narrativa curta ou de um poema, voc� pode fazer c�pias, disponibilizando-as para todos os alunos. Por�m, sempre deve ter a obra em m�os, apresentando para todos, de maneira que cada um possa manuse�-la. O contato com a obra � fundamental. Vale, inclusive, explicar para os alunos que as c�pias foram feitas e distribu�das apenas porque a escola n�o disponibiliza de exemplares suficientes para todos. Voc� n�o pode esquecer tamb�m de incluir na c�pia as refer�ncias bibliogr�ficas da respectiva obra. Assim, o pequeno leitor tem condi��es de procur�-la em outros momentos de sua vida. O mesmo pode ser feito com cap�tulos de uma obra mais longa, quando propomos dividir a turma de acordo com o n�mero de cap�tulos do livro, cabendo a cada um ou a cada grupo ler o cap�tulo recebido. Na falta de exemplares suficientes para tanto, voc� pode fazer c�pias de cada cap�tulo, seguindo o mesmo processo de registrar as refer�ncias bibliogr�ficas e de apresentar a obra original. Independente da t�cnica de leitura empregada, a obra liter�ria deve ser sempre oportunizada aos alunos.

Procurando viabilizar o acesso e a coloca��o em pr�tica do m�todo Brincar de ler em diferentes espa�os escolares, disponibilizamos esta obra como um caminho promissor para a forma��o de leitores. Estabelecendo uma rela��o l�dica com o ato de leitura, voc�, como todo o professor, tem a oportunidade de oferecer livros e a��es leitoras adequadas aos seus alunos, de modo a despert�-los para o prazer de ler.

Como vimos, brincando com a literatura infantil em sala de aula, a crian�a vem a se ler no texto, alcan�ando o seu pr�prio autoconhecimento e o conhecimento do mundo em que se encontra inserida. Diante disso, o livro passa a ser visto por ela como um objeto que gera satisfa��o, como um brinquedo prestes a envolv�-la em uma nova aventura ou descoberta.

Por isso, ressaltamos a import�ncia de a aplica��o do m�todo ser conduzida pelo est�mulo � leitura acompanhada de contentamento, de descoberta, de fantasia, de envolvimento, jamais de dever ou de obriga��o. A leitura tem que estar relacionada com a experi�ncia desse leitor especial, a crian�a, respondendo �s exig�ncias de sua realidade imediata e, tamb�m, �s suas proje��es. Da mesma forma, os atos que envolvem a leitura devem estender a simetria necess�ria entre obra e leitor mirim para a a��o entre professor e aluno.

Assim sendo, as atividades previstas para cada etapa do m�todo, armazenadas na presente base de conhecimentos, mant�m a ess�ncia l�dica da obra liter�ria, constituindo o trabalho com a literatura infantil em sala de aula numa brincadeira ao mesmo tempo individual e coletiva rumo � maturidade. Assegurando a pr�tica cont�nua do m�todo, voc� contribuir� para que seus alunos se formem leitores e, por conseguinte, se leem no texto, aprimorando sua personalidade. N�o h�, � claro, garantias de que todos os alunos envolvidos vir�o a se tornar realmente leitores, mas a escola tem que lhes dar a chance de escolha, convidando-os a descobrir a magia da leitura liter�ria. E, sendo eles crian�as, nada melhor do que convid�-los a brincar com o livro, como prop�e o referido m�todo.

Portanto, trilhe voc� tamb�m este caminho, desbravando-o juntamente com os seus alunos, de modo a torn�-lo uma pr�spera via de acesso ao mundo fant�stico da literatura. E para enriquecer ainda mais essa aventura, apresentamos a seguir alguns exemplos de atividades organizadas segundo o m�todo, devidamente contextualizadas e particularizadas de acordo com as escolhas feitas, que divertiram e encantaram nossas crian�as.

    Unidade: identidade
    1. Est�mulo l�dico: O professor pede para os alunos jogarem um dado que cont�m, em cada face, diferentes caracter�sticas, internas e externas. Cada um escolhe, a partir das op��es sorteadas, a que mais lhe compete.
    2. Leitura: O professor conta a hist�ria Teresinha e Gabriela, presente na obra Marcelo marmelo martelo e outras hist�rias, de Ruth Rocha, e apresenta as ilustra��es para os alunos.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos relacionarem as caracter�sticas das personagens na obra lida com as suas.
    4. Atividade criativa: O aluno cria uma narrativa, imaginando como seria sua rela��o com uma das personagens da obra lida.
    5. Desfecho l�dico: O aluno escreve uma caracter�stica sua num peda�o de papel e deposita dentro de uma caixa. Ap�s, cada um retira uma caracter�stica e tenta adivinhar a quem ela pertence. Aquele que adivinha l� o texto do respectivo colega para a turma.
    Unidade: segredos
    1. Est�mulo l�dico: O professor entrega um embrulho para os alunos tentarem adivinhar o que tem dentro.
    2. Leitura: O professor pede para os alunos lerem a obra descoberta por meio da abertura do embrulho passado de m�o em m�o, durante o est�mulo, Indo n�o sei onde, buscar n�o sei o que, de Angela Lago.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos refletirem sobre os poss�veis segredos das personagens na obra lida.
    4. Atividade criativa: O aluno escreve seus segredos no papel, depositando-o na caixa entregue pelo professor. Desfecho l�dico: O aluno decora a caixa entregue pelo professor, na qual guardou os seus segredos, levando-a para casa.
    5. Desfecho l�dico: O aluno decora a caixa entregue pelo professor, na qual guardou os seus segredos, levando-a para casa.
    Unidade: desejos
    1. Est�mulo l�dico: O professor faz com os alunos o jogo dos desejos. Cada um joga dois dados: um sorteia a idade futura (20 a 45), o outro sorteia situa��es tamb�m futuras para serem completadas, como: voc� estar� formado em______, voc� estar� morando em ______, voc� vai ser ______.
    2. Leitura: O professor pede para os alunos fazerem a leitura individual e silenciosa da obra apresentada, Ciganos, de Bartolomeu Campos de Queir�s.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos se descreverem num futuro bem distante.
    4. Atividade criativa: O aluno, a partir da brincadeira da leitura das linhas da pr�pria m�o, escreve os desejos que quer ver realizados no futuro.
    5. Desfecho l�dico: Em duplas, cada um representa um cigano, lendo a m�o do colega ao mesmo tempo em que l� o texto dele.
    Unidade: gostos
    1. Est�mulo l�dico: O professor pede para os alunos desenharem o lugar (espa�o) de que mais gostam.
    2. Leitura: O professor l� com os alunos o poema Leil�o de jardim, da obra Ou isto ou aquilo, de Cec�lia Meireles, apresentando imagens referentes a ele, selecionadas ou confeccionadas previamente.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos comentarem sobre os gostos suscitados durante a leitura da obra.
    4. Atividade criativa: O aluno cria um poema a partir do t�tulo do poema lido, substituindo a palavra jardim pelo espa�o de que mais gosta, desenhado durante o est�mulo.
    5. Desfecho l�dico: Os alunos organizam um leil�o para venda fict�cia dos espa�os divulgados nos poemas criados. Cada comprador l� o poema que acompanha o espa�o anunciado.
    Unidade: problemas
    1. Est�mulo l�dico: O professor pede para os alunos estourarem um bal�o, contendo diferentes problemas. Ap�s, cada um relata como resolveria o problema sorteado.
    2. Leitura: O professor pede para os alunos sentarem em roda. Cada um l� uma p�gina da obra Lucia-j�-vou-indo, de Maria Helo�sa Penteado, e apresenta a ilustra��o correspondente.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos relacionarem os problemas da personagem na obra lida com os seus.
    4. Atividade criativa: O aluno cria uma narrativa na qual enfrenta o seu maior problema.
    5. Desfecho l�dico: O aluno representa em forma de m�mica o problema enfrentado na narrativa criada para os colegas tentarem adivinhar.
    Unidade: medos
    1. Est�mulo l�dico: O professor pede para os alunos, em roda, passarem uma caixa, contendo diferentes objetos, de m�o em m�o. Cada um coloca a m�o dentro da caixa, sem visualizar o que tem dentro, descrevendo as sensa��es t�teis ocorridas.
    2. Leitura: O professor pede para os alunos sentarem em roda. Cada um conta uma p�gina do livro de imagem Zuza e Arquimedes, de Eva Furnari, a partir da ilustra��o correspondente.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos relacionarem os medos das personagens na obra lida com os seus.
    4. Atividade criativa: O aluno escreve seus medos em um peda�o de papel, lacrando-o depois.
    5. Desfecho l�dico: O aluno confecciona uma dobradura em forma de ba� para armazenar os seus medos. Ao final do ano letivo, cada um abre novamente o seu ba� para refletir sobre os medos registrados no passado.
    Unidade: rela��es familiares
    1. Est�mulo l�dico: O professor pede para os alunos, em roda, passarem uma caixa de m�o em m�o. Cada um retira da caixa um membro familiar, imaginando uma pergunta que gostaria de fazer para ele. Ap�s, revela a pergunta formulada para a turma.
    2. Leitura: O professor conta a obra Curiosidade premiada, de Fernanda Lopes de Almeida, a partir da t�cnica da proje��o de transpar�ncias. Com o aux�lio de um aparelho retroprojetor, o professor projeta as ilustra��es da obra � medida que narra os fatos da hist�ria.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos comentarem sobre os valores familiares suscitados durante a leitura da obra.
    4. Atividade criativa: O aluno escolhe um membro familiar, tra�ando seu perfil, de modo a descrev�-lo como se fosse ele pr�prio.
    5. Desfecho l�dico: O aluno l� o texto criado para os colegas. Ap�s, eles tentam adivinhar qual membro familiar ele escolheu tra�ar o perfil.
    Unidade: amizade
    1. Est�mulo l�dico: O professor entrega aos alunos um peda�o de massinha de modelar para confeccionarem um boneco que represente um amigo, real ou imagin�rio.
    2. Leitura: O professor pede para os alunos fecharem os olhos enquanto ele conta a hist�ria. Ao final, o professor apresenta a obra contada.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos refletirem sobre os la�os de amizade presentes na obra lida.
    4. Atividade criativa: O aluno cria um texto, homenageando o amigo confeccionado durante o est�mulo com massinha de modelar.
    5. Desfecho l�dico: O aluno escolhe um colega para representar o amigo confeccionado com massinha de modelar durante o est�mulo. O colega recebe o texto que acompanha a modelagem e l� para a turma.
    Unidade: vida na escola
    1. Est�mulo l�dico: O professor divide os alunos em grupos. Cada grupo recebe uma palavra relacionada � obra a ser lida (professora, escola, aluno e recreio) para criar um acr�stico a partir da palavra recebida.
    2. Leitura: O professor pede para os alunos recitarem o poema apresentado, A escola, presente na obra Amigos do peito, de Cl�udio Thebas, em forma de jogral.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos refletirem sobre como seria a escola ideal.
    4. Atividade criativa: O aluno escolhe uma palavra presente no poema lido. Ap�s, cria um novo poema, contendo tal palavra.
    5. Desfecho l�dico: Em grupos, os alunos apresentam em forma de jogral os poemas criados individualmente.
    Unidade: descoberta do mundo
    1. Est�mulo l�dico: O professor faz a pergunta �Que ideia voc� teria para melhorar o mundo?� e pede para os alunos escreverem num papel a sua resposta.
    2. Leitura: O professor divide os alunos de acordo com o n�mero de cap�tulos da obra A fada que tinha id�ias, de Fernanda Lopes de Almeida, e pede para cada grupo ler o cap�tulo recebido. Ap�s, cada grupo conta o cap�tulo lido para os colegas, seguindo a ordem da obra.
    3. Reflex�o sobre a leitura: O professor pede para os alunos refletirem sobre como seria o mundo ideal.
    4. Atividade criativa: O aluno cria uma receita para melhorar o mundo, incluindo ingredientes e modo de preparo.
    5. Desfecho l�dico: Os alunos confeccionam uma capa para o livro de receitas da turma, reunindo os textos criados. Ap�s, em roda, cada um manuseia o livro e escolhe uma receita para ler para os colegas.
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